domingo, 16 de março de 2008

Mapa e história dos bairros de Curitiba 2

A.R. Matriz - Área cinza no mapa
14 Ahú

História do Bairro
O Ahú, delimitado pelos bairros Boa Vista, São Lourenço, Bom Retiro, Juvevê, Cabral e Centro Cívico, caracteriza-se pela influência da imigração italiana e alemã. As suas residências mais antigas, hoje envelhecidas pelo tempo e pelo uso, são quase todas de estilo europeu. Essa é uma característica marcante em toda a Avenida Anita Garibaldi, que tem esse nome em homenagem à heroína italiana. Às margens dessa avenida, uma das mais antigas e antigo caminho de entrada de Curitiba pelo lado Norte, foram sendo construídas, no princípio deste século, as casas dos primeiros moradores do Ahú.

04 Alto da Glória
História do Bairro
O bairro foi fundado pelo Barão de Holleben, por volta de 1856. Seus primeiros moradores, pertencentes à família Leão, construíram a Capelinha de Nossa Senhora da Glória, que deu origem ao nome do bairro, e o primeiro teatro da cidade. Os padres redentoristas ganharam, dos Leão, esse santuário, e substituíram a imagem da padroeira da região pela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A fé e a devoção a essa Santa cresceu tanto que começou a criar problemas para o tráfego de uma das principais vias públicas de Curitiba, a Av. João Gualberto. Assim, os padres resolveram mudar as instalações, construindo uma igreja maior, que hoje é conhecida por sua moderna arquitetura. Segundo o historiador Francisco Negrão, tal denominação teria sido inspirada na propriedade do Dr. José Maria Pinheiro Lima, conhecida como “Chácara Nhá Laura” ou “Chácara da Glória”, localizada nas proximidades do atual Passeio Público e do Colégio Estadual do Paraná e o Campo do Coritiba.

05 Alto da Rua XV
História do Bairro
O próprio nome situa o bairro em relação aos demais. Localizado na parte centro-leste de Curitiba, o Alto da Rua XV possui um maravilhoso mirante: a Praça das Nações, de onde se descortina um dos mais belos panoramas da cidade. A população do bairro Alto da Quinze, em sua maioria, é formada por descendentes de imigrantes europeus que, em tempos distantes, ali se estabeleceram para exercer as culturas agrícolas. Durante anos, esta atividade supriu as necessidades da cidade.

10 Batel
História do Bairro
Existem duas versões para a origem do nome do bairro: a primeira, atendendo à tradição popular, está ligada ao fato de residir, no local, uma família conhecida por Batel. A outra, remonta aos tempos das tradicionais cheganças (festas religiosas), onde, na ocasião, teria naufragado um batel (pequena embarcação) vindo de São José dos Pinhais. O desenvolvimento da produção de madeira e de erva-mate, por volta de 1910, tornou a área do Batel predominantemente comercial. Ali estavam instaladas duas usinas de beneficiamento de erva-mate, fábricas de sabão, perfumaria, duas cervejarias, etc.

11 Bigorrilho
História do Bairro
Bigorrilho: um nome de muitas histórias. Desde a cigana benzedeira que morava na região, como também de uma prostituta de nome Bigorrilha e muito valente. Bairro que insistem em chamar de Champagnat. O termo que mais se aproxima do nome do bairro é bigorrilha. O rio era assim chamado porque nas redondezas da Estrada de Butiatuvinha residia a proprietária de um bordel a que todos chamavam Bigorrilha. A linguagem cotidiana dos moradores teria “masculinizado” o termo, surgindo daí o nome Bigorrilho. Já Evaristo Biscaia, em seu livro “Coisas da Cidade”, defende que antigamente o bairro era conhecido “Bairro dos Italianos”, tornando-se depois Bigorrilho em virtude de morar ali uma rutena (ucraniana) de nome Bigorela.

13 Bom Retiro
História do Bairro
Seu nome originou-se num Sanatório, inaugurado em 1946, no terreno que Lins de Vasconcelos doou, em 1945, à Fundação Espírita do Paraná. Com a criação do Bom Retiro, o Instituto Lins de Vasconcelos passou a ocupar o lugar do Sanatório, que foi transferido para o outro lado da Rua Nilo Peçanha, uma das principais do bairro, que já era asfaltada, apesar de pouco habitada. Em torno dessas entidades, o bairro começou a se expandir de maneira significativa, em população e desenvolvimento.

16 Cabral
História do Bairro
A denominação “Cabral” surgiu no século XIX. Segundo o próprio historiador Ermelino de Leão, o nome do bairro é uma homenagem à influente família Cabral, que residia na região e, em meados do século passado, doou o terreno onde se ergueu a pequena capela consagrada ao Bom Jesus, hoje conhecida como Igreja do Cabral. Os primeiros moradores chegaram no início do século XVIII, conseguindo seus lotes de terra através de concessão da Câmara de Curitiba. Muitos desses sítios compõem hoje o Graciosa Country Club, alguns trechos da Av. João Gualberto, da Anita Garibaldi e da Munhoz da Rocha.

01 Centro
História do Bairro
O nome do bairro é uma referência ao núcleo em volta do qual cresceu a cidade de Curitiba, a partir do século XVII. Em 29 de março de 1693, na pequena igreja matriz, na região da Praça Tiradentes, foi fundada a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Nessa região central, está o marco zero de Curitiba que, geograficamente, indica o “ponto inicial” de uma cidade, ou o ponto a partir do qual eram tomadas as distâncias para a demarcação de uma vila. O atual bairro do centro já teve outros nomes. Em um mapa de 1950, boa parte de seu território é chamada de Liberdade. Em outros mapas, a região onde hoje está o bairro, aparecia simplesmente com a inscrição “Curitiba”, como se somente ali fosse a cidade e ao seu redor existissem apenas chácaras, fazendas ou campos inabitados.

03 Centro Cívico
História do Bairro
O nome atual do bairro começou a surgir durante os anos 40, quando o urbanista francês, Alfred Agache, dentro de suas propostas para o novo Plano Urbano de Curitiba, propôs a criação de um Centro Cívico. Centro Cívico, em seu sentimento literal estrito, significa Centro do Cidadão ou, com uma interpretação mais dirigida, centro onde se resolvem os assuntos relacionados ao cidadão.
O Plano Agache concebia o Centro Cívico como “uma praça de características especiais, dos edifícios destinados aos altos órgãos da administração Estadual que além da função de centro de comando, pudesse bem denominar-se como sendo a “sala de visita da cidade”, apresentando um conjunto de arquitetura especial em harmonia com o tratamento paisagístico da ampla praça central”.
A construção do Centro Cívico deve muito à visão futurista do professor, e então governador, Bento Munhoz da Rocha Neto, que pretendia destinar uma área da cidade para ser o centro administrativo do Estado e do Município. Projetado pelo arquiteto Xavier Azambuja, foi inaugurado em 1953, ano em que o Paraná comemorou seu centenário de emancipação política.

06 Cristo Rei
História do Bairro
Durante muito tempo, o atual território do Cristo Rei teve outros nomes. Atas da Câmara Municipal de Curitiba e mapas do início do século XX determinam a localidade como fazendo parte do bairro Cajuru, tanto que o Cristo Rei ainda possui um Hospital chamado Cajuru e um colégio (o Colégio Nossa Senhora de Lourdes) que também é conhecido como Colégio Cajuru. Vila Morgenau também foi um nome muito utilizado, aparecendo na ata de fundação da Sociedade Morgenau, em 1918. Outros documentos também qualificam a região como Capanema. Já a atual designação nasceu mais tarde, influenciada pela Igreja do Cristo Rei e pela linha de ônibus que ligava o centro ao bairro, que passaram a ser referência para demonstrar o local em que se morava. O nome Cristo Rei foi oficializado pelo Decreto 774/75, que instituiu a atual divisão administrativa de Curitiba.


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17 Hugo Lange
História do Bairro
As origens do bairro são as mesmas que determinaram o surgimento do Cabral, Juvevê e Bacacheri. Por isso, o seu crescimento esteve ligado ao tráfego em direção à estrada da Graciosa, onde se fixaram numerosos estabelecimentos comerciais e de serviços. Hugo Lange era o nome do mais antigo morador desse recanto curitibano. Os primeiros proprietários de lotes na região foram os senhores Otto Schelenker, Alfredo Buttner, Maria Bestfleisch, Willi Cremer, Isabel Porte de França, Guido Hauer e os Irmãos Paciornik.

07 Jardim Botânico
História do Bairro
O antigo bairro do Capanema que, na língua Tupi, significa mato ruim, a partir de 1992 passou a se chamar Jardim Botânico. A mudança de nome, decidida em plebiscito popular, é referência a uma das paisagens mais bonitas da cidade, o Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel Rischbieter. No entanto, as ligações de seu nome anterior e do atual nome com o bairro já são antigas. Ainda no século XIX, grande parte das terras da região pertencia ao Conselheiro Guilherme S. de Capanema, conhecido como o Barão de Capanema. Respeitado cientista e amante da natureza, o barão cultivava em sua chácara um belíssimo “jardim botânico” com pomares maravilhosos e plantas exóticas, que levaram jornalistas, na época da visita do Imperador D. Pedro II a Curitiba (1880), a descrevê-lo como um “Jardim Botânico de primeira grandeza, digno de menção entre os melhores que possui o império”.

18 Jardim Social
História do Bairro
As terras que o bairro ocupa hoje pertenciam ao arrabalde denominado “Altos do Itupava”, ou Colônia Argelina. Uma parte dos terrenos era utilizada por foreiros que pagavam uma espécie de aluguel para os proprietários rurais. Outra era livre de pagamentos e ocupada por propriedades rurais. As primeiras plantas de loteamentos foram registradas, na Prefeitura Municipal, na década de 20. A história do Jardim Social tem pouca ligação com a dos bairros vizinhos Bacacheri, Tarumã, Alto da Rua XV e Hugo Lange. Ele sempre se caracterizou por ser uma zona estritamente residencial. Jardim Social - nome bonito para um lugar que já foi conhecido como “Morro do Querozene”.

15 Juvevê
História do Bairro
A palavra Juvevê faz parte do vocabulário dos curitibanos desde o século XVII. Ao final da Ata de Medição do Rocio (logradouro público), de 1º de maio de 1693, já se falava nas nascenças do Rio Juvevê como fronteira a nordeste da então Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Em seu Dicionário Histórico e Geográfico do Paraná, o historiador Ermelino de Leão define Juvevê como “corrupção da palavra “Yubebã”, que em língua Tupi significa espinho chato ou rio do fruto espinhoso. Segundo antigos moradores da região, o antigo rio realmente era cercado por muitos “juvevês” (árvore espinhosa).

12 Mercês
História do Bairro
Mercês é palavra proveniente do latim merce que, no sentido estrito, significa graça, benefício ou proteção. Já a escolha de tal palavra para qualificar o bairro está diretamente ligada à religiosidade de seus moradores. Ainda no século passado, seus habitantes já preservavam o hábito de fazer procissões em devoção à Nossa Senhora das Mercês. Atas da Câmara Municipal, na metade do século XVIII, já confirmam o termo “Quarteirão das Mercês” ou “Quarteirão da Senhora das Mercês”, para denominar uma região que, até o início do século XX, abrangia parte de outros bairros vizinhos, como a Vista Alegre e o Bigorrilho. Por volta de 1920, quando chegaram ao bairro os frades capuchinhos Frei Ricardo e Frei Timóteo, procedentes de Veneza, a devoção à Nossa Senhora das Mercês aumentou. Em 28 de junho de 1926 era iniciada a construção da Igreja das Mercês e, em 1929, era realizada a sua inauguração.

24 Prado Velho
História do Bairro
A palavra prado vem do latim pratum e significa lugar plano, campina ou planície. É daí que vem o nome do bairro. Ele está ligado ao antigo hipódromo de Curitiba que, na época, era conhecido como Prado Curitibano, já que os antigos e alguns, ainda hoje, utilizam tal palavra para designar o local onde ocorrem as corridas de cavalos. Um dos lugares mais chiques da cidade, o Prado Curitibano localizava-se na região onde hoje está a Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Como em 10 de dezembro de 1955 foi inaugurado o Hipódromo do Tarumã e as atividades turísticas da cidade se mudaram para outro bairro, a região antes denominada “Prado” acabou se transformando no “Prado Velho” já que o “Prado Novo” estava no tarumã. Da força da lingüística e do hábito popular, acabou surgindo o termo que atualmente qualifica o bairro, oficializado no Decreto 774/75 que traz a atual divisão administrativa da cidade de Curitiba.

08 Rebouças
História do Bairro
O nome do bairro é uma homenagem aos engenheiros Antônio e André Rebouças que vieram para o Paraná, no final do século XIX, para construir a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá. Isso explica o fato de uma das principais ruas do bairro se chamar Engenheiros Rebouças e não “Engenheiro Rebouças” como muitos a chamam. Antônio Pereira Rebouças Filho chegou a Curitiba em julho de 1864, quando assumiu o cargo de engenheiro chefe da Estrada da Graciosa. Já André Rebouças, um dos maiores cientistas da época, foi qualificado por Euclides da Cunha em sua obra “Os Sertões”, como um homem de “mentalidade rara”. André e Antônio Rebouças, associados a um grupo de capitalistas do Rio de Janeiro, foram os responsáveis pela fundação da primeira indústria madeireira do Estado do Paraná, a Companhia Florestal Paranaense. Também coube aos irmãos Rebouças, a inovação no sistema de embalagem da erva-mate, ao utilizarem barricas de pinho e não mais os surrões de couro.

02 São Francisco
História do Bairro
Nessa região, instalaram-se os primeiros moradores de Curitiba, com o casario descendo em direção à atual Praça Tiradentes, e dali para as redondezas. As ruínas são vestígios de uma obra inacabada, a Igreja de São Francisco de Paula. As pedras, destinadas a essa construção, foram utilizadas para erguer as torres da antiga Matriz. Aliás, sobre as ruínas existem muitas lendas e histórias. Uma delas conta que do seu centro partiam longos túneis ligando o Alto do São Francisco a Paranaguá, com ramificações em diversos locais da cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal de Curitiba

2 comentários:

Unknown disse...

meu filho precisa fazer um trabalho escolar sobre os bairros:
Boqueirão, Vila Hauer, Vila Fany, Guilhermina e Carmo, que tambem são em Curitiba.
Porque não consta estes bairros tambem?
Onde posso encontrar este tipo de documentario?

Anah disse...

olha isso nao tem nada a ver com o q eub pesquisei!!!!!!!!!!!